segunda-feira, 26 de março de 2012

Isso não é uma crítica.



Like Crazy é o típico filme dos substitutos. O que, particularmente, vai de encontro aos ideais pós-modernistas bem fincados na finitude de todas as coisas. Pode não parecer, mas o filme fala de alma gêmea. Daquela pessoa com a qual somos o que podemos ser de melhor. Ou pior. Mas que justamente exploram o que há de mais profundo em nós.
 

Por conta dessa intensidade de sentimentos, Anna burla o sistema de vistos dos Estados Unidos e não imagina que as consequências seriam ficar afastada do país por quase quatro anos. O que os obriga a tentar seguir cada um com a sua vida, fazendo parecer de maneira conformista que no final das contas, o mundo está do jeito que deveria estar.

 
Ele namora de uma garota linda, por sinal. Gente boa. Ela namora um cara que a ajuda a se alimentar melhor, ser mais saudável, mais disciplinada nos horários e a viver consideravelmente uma vida equilibrada, onde sobra tempo, inclusive, pra ser promovida no trabalho.

Pra Jacob os negócios vão de vento em popa. Ele faz a pinta de criativo e trabalhador, mas sem maiores ambições. O suficiente pra sobreviver. Ou sobreviver bem. Mora no próprio loft, é seu próprio chefe e nas horas de lazer sai pra dançar e beber com os amigos e a namorada gente boa.

Mas e aí? A vida tá completa? No primeiro sinal de aprovação do visto, Anna comunica a Jacob e os dois se desfazem educadamente dos seus temporários para se encontrar. Mas estamos falando de quatro anos depois. Duas pessoas casadas, vivendo em continentes diferentes por quase quatro anos e de repente estão tomando banho juntas no chuveiro?

Que amor sobrevive a tanto conformismo? Quem abre mão de algo que tá bom do jeito que tá? Eu mesma arrisco a resposta. Quem já experimentou, mesmo que do outro lado do oceano, algo incrível. :)

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