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Homens e mulheres convivem diariamente com limitações e habilidades aparentemente complementares entre os sexos. Estranho seria pensar que com o pecado seria diferente! Enquanto o sexo masculino encontra sua sexualidade relacionada com aquilo que ele vê ou imagina, a mulher vive essa experiência de outra maneira – porém complementar.
Para nós, mulheres, o pecado sexual acontece de uma maneira muito mais sutil, difícil dos outros perceberem. Não se trata simplesmente de olhar pornografia, praticar masturbação, flertar mesmo sem interesse de namorar - apesar de também lutarmos com isso.
A nossa maior batalha é contra a necessidade de ser olhada, admirada, cobiçada e contra tudo que somos capazes de fazer para conseguir tais feitos. A sensualidade é a nossa pornografia, a vaidade é a nossa masturbação.
O que fazer quando o nosso pior inimigo é aquele a quem a imagem do espelho reflete? A busca desenfreada por uma autoafirmação, controle, segurança e intimidade nos atiram na lama, alimentam um ciclo vicioso no qual só Jesus, viu? Só Ele pode nos libertar.
O vazio que há em nós é da altura, largura e medida de Deus; parafraseando Pascal. Esse valor que tanto queremos só acontece nEle. A abonança da qual o Evangelho de Deus fala é para aquele que sabe contentar-se com o que tem.

Melhor é contentar-se com o que os olhos vêem do que vaguear o apetite. Isso também não faz sentido, é correr atrás do vento. (Eclesiastes 6:9)

Nenhum encontro é casual, tudo é de propósito.

Durante esse ano de 2010 eu aprendi uma lição muito importante: Deus escreve certo por linhas certas. Passei por uma dificuldade de relacionamento no meu trabalho e durante muito tempo me senti perseguida, desvalorizada e não entendia porque eu tinha sido escolhida para ficar justamente ali.
Conversei com Deus, com meus pais, meu pequeno grupo e amigos sobre como eu estava me sentindo impotente e incapaz diante de tudo aquilo. E o mais perto que cheguei de um consolo foi confiar que Deus tem propósitos para a minha vida e com a minha vida - que por sinal não é mais minha, mas dEle.
O propósito era claro: exercitar o quanto eu estava aberta para o amor de Deus fluir sobre alguém que chegava muito perto do que seria um inimigo. E todas as vezes que decidi amar nas minhas forças, falhei.
O ano está acabando e quando eu achei que Ele já tinha me confirmado que era mesmo uma questão de exercício de amor, recebo uma ligação. Ouvi a seguinte frase: "Você foi muito usada por Deus durante esse ano na minha vida, por mais que eu não tenha verbalizado e que tenha sido difícil lidar comigo em alguns momentos... Eu sempre soube que podia confiar e contar com você. E como eu me sentia muito insegura nesse ambiente novo, você muitas vezes só com a sua presença me ajudou! Então eu queria te agradecer e também te pedir desculpas por qualquer coisa...".
E antes que pareça uma questão de vaidade diante de tudo o que foi dito, afirmo, ela poderia não ter dito nada e eu sairia desse ano com a sensação de que tinha aprendido muito com todo esse desafio. Mas Deus é mais... E vai me fazer passar a virada ainda mais maravilhada com o quanto ele age através das nossas vidas. :)

Existem novas dimensões da alegria...

E há coisas lindas que eu ainda não sabia...