domingo, 16 de janeiro de 2011

Amor em 4 atos




O terceiro episódio da minisérie da globo foi intitulado "Folhetim". Contava a típica história de um cara boa praça, que trabalha numa empresa - leia-se emprego mediano - e que ao chegar em casa tinha sempre uma esposa psicótica achando agulha num palheiro vazio.

O homem entra receoso, mas sondando território e disposto a mudar o clima. A mulher permanece na psicose das traições, da insegurança, da insatisfação. A típica madame que literalmente pede pra apanhar casada com o moço bem intencionado. Zero de química!

Ele sai pela noite carioca depois de perceber que seria vã a sua tentativa de salvar o casamento. Resolve tomar uma no primeiro boteco e acaba cruzando sua vida com o oposto do que ele tinha em casa, uma mulher que vive.


- E se eu passasse o resto da minha vida com você?
- Isso não vai acontecer. Sabe por quê? Porque você quer alguém pra sonhar e não pra viver.

Incrível é que depois de umas horas de catastrofe total pelas espeluncas cariocas, ele termina a noite cobrando exclusividade de outra mulher que não fosse aquela que era sua. O "x" da questão? Ao chegar em casa apaixonado, devastado e liso por conta das últimas 5 horas, o cara encontra 2 bilhetes extremamente classudos da esposa, pedindo delicadamente para ganhar o prefixo EX.

O pedido para ir embora é mais gentil do que os diálogos dos últimos 8 meses. A mulher acabou sendo mais apaixonante na hora de pedir pra sair do que em qualquer outro momento da vida a dois.

São pessoas assim que a gente tem dificuldade de deixar sair da nossa vida. Ela pede pra sair com um buquê de flores na mão? Pôxa! Como seria bom se os apaixonados de outrora saissem dos seus relacionamentos ofertando a mesma graciosidade com a qual entraram.

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